A esquerda vivia bem
Para ela nunca faltou braços
Já a direita, dedilhava dúvidas
O céu cuspia súplicas
O sol apertava o passo
Quem estava há tempos no centro
Virou sombra e fugiu de si mesmo
A luz que olhava minguante
Com uma velocidade impressionante
Se virou pra iluminar o instante:
A lua levantou o dedo médio
A lua levantou o dedo médio
Ela não estava nem à direita
Nem à esquerda e muito menos
no centro das atenções
Com inveja e com raiva de tudo
Mandou o espaço pra aquele lugar.
Alexandre França & Édson de Vulcanis